quarta-feira, 13 de junho de 2012

Diálogo pode ser saída para a greve dos professores estaduais.




A greve dos professores navega num turbulento mar de incompreensões. O governo, principal responsável por gerir o dinheiro público e direcioná-lo para garantir que os direitos civis se transformem em serviços, volta à mesa de negociações depois de mais de 50 dias sem aulas nas escolas públicas estaduais. A proposta do governo não corresponde ao que foi reivindicado pelos professores, mas é necessário que a volta do governo à mesa de negociações seja mais uma ferramenta de disputa dos professores.

Na greve dos professores estaduais de 1991, o então governador Antônio Carlos Magalhães nem apresentou aos professores e à população uma contra-proposta. A greve naquele ano terminou devido a dificuldade dos professores suportarem a greve com seus salários cortados e pelo desgaste do sindicato, que ignorado pelo governo daquela época, não conseguiu garantir aos trabalhadores nenhuma vitória.

Não trabalhar em cima da proposta do governo para garantir a vitória do movimento, põe em cheque a mobilização legítima e justa dos professores. O ano letivo dos estudantes de escolas públicas estaduais está condenado a virar um ano perdido, assim como o sonho de ingresso na maior Universidade Pública do nosso estado. A UFBA anunciou seu calendário de seleção ignorando a conjuntura das escolas públicas estaduais na Bahia.

Cabe a APLB retomar o controle da situação e não ceder ao oportunismo eleitoreiro de partidos como o PSOL e PSTU, que não contribuem nem para a vitória dos professores nem com a garantia de uma educação pública de qualidade para mais de 1 milhão de jovens baianos.

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