quinta-feira, 10 de junho de 2010

Relações de Paulo Souto (DEM-BA) e Serra passam pela Ilha do Urubu, privatização da Coelba e Daniel Dantas

As ligações perigosas de Paulo Souto, candidato do DEM ao governo da Bahia, com José Serra, candidato do PSDB à presidência, vêm de longe. E o elemento de ligação é o empresário espanholGregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, e suspeito de representar os interesses de Daniel Dantas em negociatas.

O nome do parente de Serra, Gregório Marin Preciado, aparece no escândalo da Ilha do Urubu. No apagar das luzes de seu governo, em 2006, Paulo Souto doou as terras públicas da Ilha do Urubu, em Porto Seguro, para a família Martins.

Quatro meses depois, a família vendeu as terras ilegalmente, por R$ 1 milhão, para o tal Gregório Marin Preciado. Este, revendeu a Ilha do Urubu ao mega especulador belga Philippe Meeus, por R$ 12 milhões. Atualmente, o terreno está avaliado em R$ 50 milhões. Na Justiça corre uma Ação Popular contra a negociata. São informações públicas, portanto.

Agora, o mesmo Gregório Marin Preciado, volta a aparecer, com envolvimento no caso do inexistente Dossiê inventado pela revista Veja. Dois jornalistas de alta credibilidade, Luiz Carlos Azenha (Correio Brasiliense) e Luiz Nassif apuraram que não existe dossiê nenhum e sim um livro intitulado “Os porões da Privataria”, que vem sendo pesquisado há dez anos pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr, baseado em documentos oficiais, de um processo que o empresário Ricardo Sérgio de Oliveira (homem forte do Banco do Brasil nas operações das privatizações) move contra ele, Amaury.

Amaury mostra a prova concreta de como, quanto e onde Ricardo Sérgio recebeu pela privatização. Num outro documento, aparece o ex-sócio e primo de Serra, Gregório Marin Preciado, no ato de pagar mais de US$ 10 milhões a uma empresa de Ricardo Sérgio. As relações entre o parente de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos a que Amaury teve acesso. O escritório de lavagem de dinheiro Citco Building, nas Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal, abrigava a conta de todo o alto tucanato que participou da privataria.” .

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Nas denúncias apresentadas na Justiça baiana, pelo advogado César Oliveira, informa-se que: “O senhor Gregório Marin Preciado responde a uma ação penal do Ministério Público Federal por uma dívida de R$ 55 milhões, que foi perdoada irregularmente pelo Banco do Brasil. Ele tomou também um empréstimo de R$ 5 milhões no Banco do Brasil e deu a Ilha do Urubu como garantia, enquanto litigava com a família Martins, disputando a posse da Ilha”.

O aprofundamento das relações de Paulo Souto, então governador da Bahia, com Gregório Marin Preciado, cujo nome aparece amplamente nas denúncias que estão circulando, passou pela doação da Ilha do Urubu e pela privatização da Coelba. É que o “Espanhol”, como Gregório Marin Preciado é conhecido nas rodas das privatizações, é o representante da Iberdrola no consórcio que papou a baiana Coelba, a pernambucana Celpe e a potiguar Cosern.

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