A condenação pelo Poder Judiciário, de lideranças de trabalhadores do campo e da cidade, pelo simples fato de dirigirem uma greve ou uma manifestação, são iniciativas que fazem parte de um conjunto mais amplo que têm por objetivo o impedimento da livre manifestação da população mais pobre.
A violenta repressão exercida por alguns governos estaduais (notadamente os dirigidos pelo PSDB ou DEM) contra os movimentos sociais também faz parte desta lógica.
O desprezo, a censura e a criminalização de todas as ações de organizações da população organizada por parte da mídia faz parte deste mesmo conluio das elites.
A elaboração de teses acadêmicas ou argumentações públicas que se opõem às políticas afirmativas, às políticas de distribuição de renda, de democratização do ensino e da cultura estão em sintonia com as certezas elaboradas por aqueles que julgam justo o abismo social existente na nossa sociedade.
Os movimentos sociais organizados precisam se manter atentos, pois o “ovo da serpente” está intacto e as mesmas elaborações teóricas, sentimentos de superioridade e defesa de privilégios que animaram os golpistas de 1º de abril de 1964, ainda estão presentes nos corações e mentes das elites.
Antes, o argumento era a necessidade de “deter a escalada comunista”, hoje é para se evitar a “baderna”, o “radicalismo”, o “racialismo” e a “divisão do país”.
As teses são as mesmas, as práticas são as mesmas. As elites e seus apaniguados são os mesmos. O que mudou, e eles não perceberam, é o povo brasileiro que não vai recuar na luta por uma sociedade mais justa, sem discriminações de qualquer tipo e para que a cidadania se dê no
campo político, econômico, social e cultural.
Uma sociedade verdadeiramente democrática, portanto socialista.
Fonte: Jornal "Movimentos" do PT
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