sexta-feira, 16 de novembro de 2007


O blog do Eu pior tem como objetivo expressar as minhas ideas ou coisas que eu achar interessante,portanto se alguem se sentir incomodado FODA-SE!!!!!!!


Como teste irei colocar uma critica sobre o filme Tropa de Elite
O filme Tropa de Elite é o maior fenômeno cinematográfico do Brasil no ano de 2007. O filme é produzido e dirigido por José Padilha e é um projeto derivado de um documentário chamado Ônibus 174, onde o Bope(Batalhões de Operações Especiais) é o foco do filme. Há algumas contribuições do ex-capitão da BOPE, Rodrigo Pimentel, porém o diretor José Padilha afirma que o filme não é uma adaptação do livro.
O filme trata da realidade dos morros cariocas, onde o narrador é o capitão Nascimento(Wagner Moura), um capitão da Bope que procura um substituto para seu posto. Trata-se de um herói fascista, pois justifica as torturas e as matanças desenfreadas da polícia brasileira, digna dos tempos da ditadura militar. Na visão do personagem é necessário combater o tráfico de drogas matando e torturando os traficantes, pois segundo este traficante não tem pena portanto os policias também não tem que ter, uma espécie de versão moderna da Lei de Talião, olho por olho e dente por dente.
O tema do filme é a violência, o trafico de drogas e a corrupção policial temas que circulam todos os dias em jornais, revistas e noticiários, mas só com grandes obras cinematográficas é que leva os brasileiros a debater e a discutir as mazelas da nossa sociedade.
No filme, os policias da BOPE são incorruptíveis e isso se deve ao fato de que para entrar no BOPE é necessário não ter envolvimento em nenhma atividade ilícita. O curso para escolher novos integrantes do BOPE é feito entre os policias da própria polícia militar, é uma verdadeira tortura, onde de inicio se elimina os fracos fisicamente, depois os corruptos, portanto só os mais aptos sobrevivem ao curso, aí que entra o fator psicológico e estratégico,ou seja, é a Elite da Tropa.
O realismo do filme é fator que impressiona, pois mostra o lado humano dos personagens - que têm medo, que sofrem de stress, de remorso. Também mostra o caos do poder público - a corrupção, os interesses políticos.
O filme aborda também a história de dois policias convencionais: Neto Gouveia(Caio Junqueira) e André Matias(André Ramiro). O primeiro é um jovem impulsivo e idealista que se desiludiu com a corporação após testemunhar o descaso e a corrupção promovidos por seus colegas. Ao tentar desbaratar uma rede de corrupção da polícia, decidiu ingressar no BOPE.O segundo é um jovem negro de origens humildes que conseguiu a duras custas ingressar no curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Matias demonstra ser um aluno aplicado, mas não concorda com tudo o que seus professores e colegas lhe dizem, especialmente quando as aulas vão de encontro à sua vocação como policial.
O filme foi alvo de pirataria antes mesmo da sua estréia , mais de 1 milhão de DVDs piratas foram vendidos, além de ser distribuído na internet livremente. Na sua estréia no cimema, o filme que estava fadado ao fracasso de bilheteria devido a quantidade de DVDs piratas foi um enorme sucesso alcançando a marca de filme mais visto de 2007, isso sem nenhuma ajuda da Globo Filmes(maior produtora de filmes nacionais).
Sem dúvida colocar o Capitão Nascimento como herói nacional, mostra como estamos sedentos por heróis e como o povo está carente de figuras que demonstrem ser honestos e humanos ao mesmo tempo. A famosa frase de Bertolt Brecht : "Pobre do povo que precisa de heróis", explica melhor o contexto que o país está vivendo, que vai desde corrupção policial, passando por pirataria e chegando até a tortura ,a violência e a impunidade.
O filme não deve nada as produções de Hollywood, pelo contrário, inova mostrando uma ótica diferente sobre a guerra civil não declarada entre os traficantes e os policias. A aceitação do público foi imediata e isso serviu para alavancar o prestigio do cinema nacional perante aos chamados “Blockbusters” que invadem a maioria das salas de cinema do nosso país.

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