Na Bahia, por motivos que este ordinário blogueiro não consegue imaginar, o carlista Benito Gama merece o apelido de Benito “Grana”.
Ele hoje milita no PTB de Roberto Jefferson, o paladino da moral e dos costumes, o herói do mensalão da Renata Lo Prete, da Folha (*).
Como se sabe, Jefferson, que não é Thomas, aderiu ao Serra.
O DEMO quer dar o vice do Serra.
O Serra treme.
Não decide.
Mas, segundo o jornal nacional, Benito Gama (por que o povo da Bahia falaria Benito “Grana” ?) deve ser o vice do Serra.
A Globo entende de vices do serra.
O Alexandre Maluf Garcia, em vídeo inesquecível, lançou a campanha do “vote num careca e leve dois”, ao se referir à chapa Serra/Arruda.
Se o jornal nacional diz que o Benito (é melhor não usar o sobrenome) está forte, é bom respeitar.
Ele não será, provavelmente, mais um na lista.
Lista que, segundo o Stanley Burburinho (quem será Burburinho, esse implacável caçador de iniquidades ?) chega, nesse momento, a 21 noivas.
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Serra e as 21 noivas
Por Stanley Burburinho
Não foi de graça de a vereadora tucana Patrícia Amorim presenteou o Serra com a camisa do Flamengo de cores azul e amarela, às costas, com o nome Serra e o número 45 do PSDB. Ela está sendo cogitada para ser a vice do Serra já que ele está tendo dificuldades no RJ:
O tucano José Serra já bateu um recorde nessa eleição: até agora, ele já teve pelo menos 21 nomes citados como possíveis candidatos a vice em sua chapa. A definição desse posto é um dos maiores mistérios da atual disputa. Durante meses, apoiadores de diversas tendências pressionaram Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, para ocupar a vaga. Enquanto Aécio recusava, pelo menos outros 20 nomes foram citados em algum momento por correligionários de Serra em entrevistas, discursos ou bastidores vazados à imprensa.
A indefinição começa a irritar aliados. Nos últimos dias, representantes do DEM passaram a reclamar publicamente o direito de indicar o vice, caso a recusa de Aécio permaneça. Em resposta, o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA) chegou a dizer que o não lançamento do vice era uma “estratégia eleitoral”.
Na lista dos 21 já cotados como vice, 9 são filiados ao PSDB, 7 são do DEM, 1 do PPS, 1 do PP, 1 do PMDB, 1 do PV e 1 sem partido (ex-DEM). Quase metade da lista é composta por senadores. Dos 20 nomes, 6 são mulheres. Há ainda 3 Josés -os xarás de Serra- e 3 membros da família Neves. Confira, em ordem alfabética:
Ricardo Mendonça)
1) Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais
Ninguém recebeu tanta pressão para ser vice quanto ele. Durante todo o tempo, Aécio resistiu. Primeiro porque queria ser ele mesmo o cabeça da chapa. Depois porque passou a avaliar que o melhor para si é sair candidato ao Senado. Com alternativa, Aécio já sugeriu outros três nomes mineiros: Itamar Franco, Tasso Jereissati e Pimenta da Veiga.
2) Álvaro Dias, senador (PSDB-PR)
Sua postura é cautelosa. Não descarta, nem demonstra interesse explícito em ocupar o posto de vice. Há alguns dias, passou a dizer que Serra deveria ter “carta branca” para escolher o vice. O fato de ser do Paraná, Estado onde Serra já vai bem nas pesquisas, não ajuda a fortalecer seu nome.
3) Andréa Neves, irmã de Aécio
Como o assédio a Aécio nunca funcionou, alguns chegaram a sugerir o nome de sua irmã. Andréa também é política (cuida da comunicação do governo mineiro), também é de Minas, carrega o sobrenome Neves e ainda tem a vantagem de ser mulher. Mas ela não se desincompatibilizou a tempo e a proposta nunca foi levada a sério.
4) Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba
O tucano sempre foi um dos campeões de aprovação no ranking de prefeitos. Mas Richa trabalhou o tempo todo para ser candidato a governador. Hoje, é o favorito na disputa local.
5) Demóstenes Torres, senador (DEM-GO)
Junto com Agripino, Aleluia e Kátia Abreu, é uma das opções oferecidas pelo DEM. Sua principal marca nacional é a oposição às cotas para negros nas universidades, o que, do ponto de vista eleitoral, pode ser uma desvantagem.
6) Francisco (Neves) Dornelles, senador (PP-RJ)
Tio de Aécio, foi um dos mais cotados durante todo o período. O principal benefício para o PSDB seria a aliança com o PP, o que renderia mais tempo na TV. A proposta, porém, pedeu força desde a última rodada de pesquisas, que mostrou crescimento de Dilma. O PP tende a ficar com o PT ou, na melhor das hipóteses para Serra, neutro.
7) Itamar Franco, ex-presidente da República (PPS-MG)
Ele tem a vantagem de ser de Minas, mas seu comportamento às vezes mercurial pode trazer problemas. Como já foi presidente, seria uma voz com muita autoridade institucional na chapa. Além disso, o PPS não exige a vaga de vice. Interessado em voltar para o Senado, Itamar rejeitou a oferta assim: “Os serristas podem estar tranquilos, pois não sou e nem serei a pessoa para compor tal chapa.”
8 ) Jarbas Vascolcelos, senador (PMDB-PE)
O ex-governador de Pernambuco é uma espécie de curinga de Serra. Se o PMDB tivesse fechado aliança com o PSDB, seria um dos favoritos para ocupar o posto de vice. Como isso não ocorreu, Jarbas acabará sendo mais útil para Serra como candidato a governador. Mesmo sabendo que a missão será dura – enfrentar o favorito Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição – Jarbas topou.
9) José Agripino, senador (DEM-RN)
Sempre foi um dos mais cotados entre os aliados. A presença de Agripino na chapa solidificaria a aliança com o DEM e contemplaria a necessidade de ter um representante do Nordeste na chapa. Agripino, porém, carrega a imagem negativa desde que tentou “acusar” Dilma Rousseff de ter mentido enquanto estava sendo torturada durante a ditadura. Agora ele diz que não quer a vaga de vice.
10) José Carlos Aleluia, deputado federal (DEM-BA)
Citado recentemente como opção pelo senador José Agripino, Aleluia respondeu de forma enfática, mas pouco conclusiva: “Não fui contatado por ninguém, convidado por ninguém, sondado por ninguém. Trato da minha campanha para deputado federal”, afirmou. Não recusou, nem disse que toparia.
11) José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal (ex-DEM)
Até ser preso, acusado de corrupção no caso que ficou nacionalmente conhecido como o “mensalão do DEM”, foi um nome bem cotado para ocupar o posto. Há até um vídeo no YouTube em que Serra brinca com a careca de Arruda e com a hipótese de tê-lo como vice. O escândalo o afastou totalmente de qualquer articulação política.
12) Kátia Abreu, senadora (DEM-TO) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura
Ela quer. Já disse estar “pronta para aceitar a missão”. Na avaliação de alguns, entretanto, sua imagem tão fortemente associada aos interesses dos grandes latifundiários mais atrapalha do que ajuda. Kátia já foi “agraciada” por ONGs com o Troféu Motosserra, símbolo da agressão ao meio ambiente. Seria um problema numa disputa em que uma das concorrentes, Marina Silva (PV), dá grande ênfase ao tema.
13) Marco Maciel, senador (DEM-PE)
Vice do tucano Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos presidenciais (1995 a 2002), seria uma espécie de garantia de tranqulidade para Serra. Maciel é um dos homens mais discretos da política, mas não tem potencial de agregar muitos votos. Também não demonstrou qualquer interesse em voltar ao Palácio do Jaburu.
14) Marina Silva, senadora (PV-AC)
Antes de oficializar sua própria candidatura à presidência, seu nome apareceu na imprensa como possível vice de Serra. Puro devaneio. A conversa não durou uma semana.
15) Marisa Serrano, senadora (PSDB-MS)
O fato de ser mulher poderia agregar algum valor positivo à chapa, mas seu nome é muito pouco conhecido. Além disso, Serra já tem um desempenho razoavelmente bom no Mato Grosso do Sul mesmo sem ela na chapa.
16) Patrícia Amorim, presidente do Flamengo
É o nome mais inusitado da lista. Ex-nadadora, atual vereadora do Rio de Janeiro pelo PSDB, preside o clube mais popular do país. Seu nome foi citado dias atrás em notinhas. Ela é de um Estado em que Serra enfrenta dificuldades, mas sua presença na chapa poderia provocar mais estranheza que benefícios.
17) Paulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM)
É do nordeste, onde Serra precisa se fortalecer. Mas assim como Jarbas Vasconcelos em Pernambuco, tende a ajudar mais sendo candidado a governador. Irá disputar contra o petista Jaques Wagner, candidato à reeleição.
18) Pimenta da Veiga, ex-ministro
Ex-prefeito de Belo Horizonte, ex-ministro das Comunicações no governo FHC e ex-presidente do PSDB, passou alguns anos afastado da política. Dificilmente agregaria votos, mas a chapa pelo menos teria um representante da política mineira. Seu nome foi sugerido há poucos dias por Aécio e outros representantes do PSDB de Minas.
19) Sérgio Guerra, senador (PSDB-PE)
O presidente do PSDB sempre é citado como opção diante das negativas constantes de Aécio. Guerra, na verdade, é um dos responsáveis pela articulação que escolherá o vice. Se tudo der errado, ele poderá assumir a tarefa. Tem a confiança de Serra e é bem aceito por todo PSDB.
20) Tasso Jereissati, senador (PSDB-CE)
Também foi citado como opção por Aécio e outros tucanos importantes, mas sempre negou enfaticamente o interesse em ocupar o posto. Seu plano é ser candidato a senador novamente.
21) Valéria Pires, ex-vice governadora do Pará e mulher do deputado federal Vic Pires (DEM-PA)
Tem tudo para ser batizada como “solução Sarah Palin”: mulher bonita, conservadora e de um Estado distante do centro político. Ela era do PFL, foi para o PSDB, mas depois voltou para o DEM. Sua escolha facilitaria acordo entre as siglas e fortaleceria campanha na região Norte.
Via: Conversa Afiada
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