domingo, 3 de junho de 2012

Pelegrino fala sobre o caos que está em Salvador, a saúde municipal e a revitalização dos monumentos históricos


O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Salvador. Nelson Pelegrino, fala sobre o caos que está em Salvador, a saúde municipal e a revitalização dos monumentos históricos em entrevista ao jornal Ei Taxi, confira:


Ei, Táxi: Salvador se transformou numa verdadeira zona. Carros estacionados nos passeios, os próprios passeios arrebentados, não há banheiro público, o centro continua a mesma bagunça de sempre, animais andam pelas vias, etc. Salvador é uma cidade viável? Por que chegamos a essa situação?

Pelegrino  -  Salvador é uma cidade plenamente viável, apesar de ser uma cidade pobre, com a 24ª menor renda per capita entre as capitais. O próximo prefeito precisa ter por base três importantes pré-requisitos: projeto estratégico de longo prazo, uma boa equipe e liderança para fazer a gestão. Tudo se resume à gestão. Uma boa gestão tem de começar pelo enxugamento das despesas, se isso não feito no início da administração dificilmente será feito mais tarde. Ao assumir o prefeito deverá saber que cidade a população de Salvador quer, que cidade queremos daqui em diante.

E.T.: Como o senhor avalia o atual governo estadual?

Pelegrino  -  O governo Wagner tem ajudado muito Salvador. Toda obra de médio e grande portes em execução ou projetadas na capital baiana passa pelo governo estadual. Aí estão as linhas do metrô, o Hospital do Subúrbio, a Arena Fonte Nova, a nova Ceasinha do Rio Vermelho. O governador preocupa-se com a cidade e procura agir em consonância com a prefeitura. É assim no caso da saúde, por exemplo, cujos problemas mais graves relativos a recursos têm sido resolvidos com a ajuda efetiva do secretário Jorge Solla.

E.T.: Como será a relação entre o senhor, caso prefeito eleito, e o governo Jaques Wagner?

Pelegrino  -  A melhor possível. Salvador não tem condição hoje de se auto-financiar, de fazer investimentos, de tomar empréstimos. Daí a importância de o próximo prefeito fazer parte do mesmo projeto político/administrativo do governador Wagner e da presidente Dilma Rousseff. Falar a mesma linguagem facilita tudo.

E.T.: A saúde municipal está na UTI. Como salvá-la?

Pelegrino  -  O município deve cuidar da atenção básica e deixar os procedimentos de média e alta complexidades para o estado. Hoje, o cidadão tem um mal-estar e procura o HGE ou outro hospital, quando deveria passar primeiro por uma triagem no posto de saúde mais próximo de casa. Daí, se for o caso será encaminhado a um hospital apropriado. O problema é que faltam postos de atendimento, Salvador tem apenas 11% de cobertura em saúde da família, quando deveria ter, no mínimo, 50%. No dia em que o soteropolitano for atendido primeiro no posto de saúde e inclusive os casos de urgência e emergência, os hospitais ficarão desafogados. Aí teremos um serviço melhor.
E.T.: Todos se queixam sobre o abandono dos monumentos históricos da cidade e da falta de cuidado com as praças públicas. O que houve com o turismo na atual gestão? Faltou competência? Como resolver isso?

Pelegrino  -  O centro histórico, a Cidade Baixa, a penísula de Itapagipe serão prioridade no próximo governo do município. É preciso um projeto de reocupação de toda essa área para que ela tenha vida própria, seja restaurada e volte a mostrar a beleza do seu casario, monumentos e praias que são belíssimas. A orla atlântica também precisará ser trabalhada, não é possível continuar como está. O morador de Salvador é um apaixonado pela cidade, more ele no subúrbio, Cajazeiras ou na Pituba, todos ficam felizes e orgulhosos se a cidade está bonita. E todo mundo fica chateado quando fazem comparação da nossa orla com a de Aracaju, ou outras cidades.

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